sexta-feira, 3 de maio de 2013

Vigiando a Auto-Estima



Aos poucos vivencio a tendência intrínseca do ser humano em deixar pra depois o que se poderia fazer agora e de ficar sempre na mesma condição, como uma zona de "conforto", não do ócio, mas da procrastinação.

Deste modo me tornei sedentária (apesar de adorar atividade física), abandonei todas as tentativas de fazer dieta antes de completar 15 dias e nunca consegui passar em um concurso público (por, de fato, nunca saber qual era a minha meta). Percebi que antes mesmo de receber um pagamento de hora extra ou reajuste salarial, todos começamos, inconscientemente, a planejar novas despesas. E quando me sobra tempo por não fazer horas extras, dou um jeito de desperdiçar meu tempo e manter o quarto bagunçado, as unhas por fazer e os estudos atrasados. É a zona de conforto, que também chamo de preguiça.

Talvez por ter sido responsável demais durante muitos anos da minha vida (ter sido uma criança que  se levantava sozinha, fazia o próprio café da manhã, fazer as lições de casa sem ninguém mandar, sempre passar de ano e entrar na Unb sem que meus pais tenham me puxado as orelhas ou me posto num cursinho), depois de uns anos eu tenha resolvido inverter as coisas e deixar tantas coisas importantes de lado (todo mundo precisa relaxar um dia). Ou quem sabe eu tenha errado no nível de auto exigência, e em determinado momento eu tenha me "reprovado" e desistido de mim.

Mas esse processo de auto-sabotagem é comum em todo mundo..e devido a tanta preguiça resolvi procurar ajuda nas ideias e experiências alheias: talvez uma mente iluminada me ajude.

Há algum tempo passei a acompanhar o blog "Vigilantes da Auto-Estima", de uma escritora muito simpática, que atualmente relata uma viagem pela Europa (um grande sonho que tenho), mas que no passado viveu uma situação muito semelhante, e após sucessivas perdas decidiu virar a página e (literalmente) vigiar sua autoestima durante um ano.

As coisas que li (e olha que tenho preguiça de ler!) me fizeram refletir se é mesmo possível alguém "vigiar" sua autoestima, como uma coisa feita "de fora pra dentro". Acredito que sim, considerando que cultivar o amor próprio é cuidar de algo que já possuímos e que só não estávamos alimentando. Isso passa pela eliminação total da auto-sabotagem e da procrastinação.

É possível reverter o processo e "arrumar" a casa. Priorizar o que é realmente importante, deixar de me "mimar" (o que só me tem estragado) e passar a me amar, ainda que a verdade machuque. Perceber o prazer em sacrificar horas de descanso por estudos e auto conhecimento, em trocar uma refeição desnecessária por uma caminhada e uma paixão fulminante pelo amor próprio, tão natural e divino.

Sinto que já comecei... virando páginas, limpando tapetes, respirando fundo. Esse blog vai me servir pra relatar se é possível ou não a Jessica vigiar a própria autoestima e se ligar em tantas coisas sem perder o foco. E lá vamos nós...
 

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