quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Um minuto de paixão. Com creme e sem adoçante.


Admiro a capacidade que algumas raras pessoas têm de me fazer enxergar somente o que há de bom em mim, o lado meio cheio da vida...é quando meus instantes se tornam eternos, e tudo se torna possível. É o elixir da juventude! É uma pena que isto não possa durar muito tempo, e que ainda hajam lapsos de consciência que me sacodem sem sucesso, tentando me resgatar a uma dura e cruel realidade.

Não importa! Viva o que é belo, hoje e sempre... Tudo é só uma brincadeira. Ao menos desta vez. Só mais cinco minutos e me devolvo meus sonhos.

Ainda não sei se sou capaz de amar, mas me alegra apenas ver o sol, e sentir o cheiro da chuva que nem se quer surgiu no céu. Meu coração bateu mais rápido, sem querer, ou quem sabe apenas tenha voltado a bater. Eis a doçura da vida: Enjoy the party.

(Sem mais. Boa noite).


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

As pessoas "felizes" tem segredos?


Conclui que as pessoas felizes demais podem me ser tão tóxicas quanto os reclamadores de plantão. Eu poderia até chamar isso de inveja, afinal, existem questões mais básicas da minha consciência que ainda não foram esclarecidas e tenho me considerado uma completa ignorante em matéria de evolução espiritual e auto-motivação.

A vida é uma matéria em que não adianta estudar a teoria, e penso que apenas poucas mentes iluminadas são capazes de desvendar os segredos simples, aprender o valor daquilo que quase ninguém vê e encontrar o equilíbrio entre "ter o que se ama" e "amar o que se tem". No fundo todos sabem o que têm que fazer, mas não se sabe como fazer...e passamos a vida correndo atrás de uma felicidade que nunca se viu, como ratos girando uma roda em uma gaiola, sem nunca chegar a lugar algum. Nos espelhamos nas tais "pessoas felizes", sejam os bem sucedidos financeiramente, personagens de histórias fictícias, famílias perfeitas de comerciais e todo tipo de máscaras que encontramos pelo caminho: Expectativas, expectativas, expectativas...a receita da frustração.

Passo meus dias tentando sublimar meus problemas, ignorar o que me desagrada quando não encontrei nenhuma alternativa para corrigir o que minha mente perfeccionista condenou. Luto para me aperfeiçoar e mudar o que deixou a desejar, mas não me sinto motivada. É só minha programação natural, instinto de sobrevivência animal que não me permite ficar parada. E ao contrário do que ouvi dizer, estar perto das tais "pessoas felizes" não me desperta essa motivação. Sempre me vêm aquele pensamento simplório de que "é fácil estar bem consigo mesma quando tudo vai bem. É fácil ser feliz quando não se tem problemas...", mas espere. Quem é que não tem problemas? Quem é que, mesmo cercado de dinheiro e amigos, nunca parou pra questionar a sua própria felicidade? Eles só vibram em uma frequência incapaz de acompanhar, ou usam máscaras impossíveis de se identificar. Não fazem parte do meu mundo.

Não sei se é excesso de ignorância ou de sabedoria, mas a felicidade extrema não é compatível comigo. Por vezes sinto falta da ignorância, que me permitia me conformar com coisas sem valor e me alegrar com uma visão ilusória do meu próprio mundo... por outras vezes, me sinto cansada de escalar, e caio na tentação de olhar para cima e para baixo. Paixões não me impressionam, brindes não me motivam, dinheiro não me compra e o espaço que ocupo no planeta não é o bastante...que problemão!


E é aí que eu recorro ao meu tradicional momento de isolamento. É hora de confrontar minha própria consciência, ainda que, mais uma vez, não se chegue a lugar algum. E procurar por mentes como a minha, ainda que não tão complicadas, ainda que não falem português.

Gosto de gente de verdade que compartilha experiências boas e ruins, sem máscaras depressivas, infelizes, perdidas ou agressivas. Gosto de quem me ensina o caminho que percorreu pra sair da fossa, e que, na medida do possível, aprende com minhas teorias criativas sobre a vida e me acompanha na vontade de ganhar o mundo.

E agora, nada de abrir a boca pra reclamar dos velhos problemas. Sinto que às vezes não passo de uma mulher na TPM com seus problemas de primeiro mundo...


"Quem é feliz não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos. Quem é feliz, satisfaze-se por ser. E sabe que felicidade anda coladinha na inveja. Quem é feliz não precisa provar nada, simplesmente é. As pessoas felizes demais nunca me passaram confiança. Essa coisa de que a vida é uma festa e não existe nada errado, não me brilha aos olhos. Feliz é quem conhece o lado ruim e o respeita. Feliz é quem já foi infeliz. Somente quem já foi infeliz pode entender que a tristeza traz um punhado muito bom de aprendizados. O oba-oba de quem nunca se deixou entristecer não serve na minha vida. Felicidade não é sobre quem grita mais alto; é sobre quem sorri mais fundo"
Camila costa