sábado, 11 de agosto de 2012

Money, money, money...


Um dia produtivo, assim posso considerar. Em plena sexta-feira em casa tentando produzir cientificamente, fico pensando se isso irá mudar a minha vida em relação à segunda maior causa de minhas angústias: o dinheiro.
Às vezes penso que o dinheiro é a maior motivação do homem. E da mulher. Ofereça dinheiro e o resto fica em segundo plano. As pessoas trabalham até ficarem doentes para conseguí-lo, ainda que depois tenham que perder o dinheiro para cuidar da saúde. Se casam por dinheiro, e deixam de constituir família pelo mesmo motivo. Compram a beleza e a longevidade. É mesmo uma tentação.
Após um dia inteiro em reunião escutei minha chefe elogiar meu trabalho, o cumprimento dos prazos, a qualidade dos meus relatórios e principalmente meu interesse. A avaliação foi compatível com meu novo estado de espírito de completa motivação, mas me pareceria irônico da parte dela levando em consideração que acabo de viver o auge da dispersão no trabalho, e que há pouco tempo meu maior desejo era ir embora.
Hoje (não sei até quando) digo que amo meu trabalho e estou disposta a continuar lá para enfrentar os novos desafios. Porém todo esse ânimo se dispersa quando me deparo com as minhas reais necessidades: preciso de dinheiro. Trabalhar por amor é maravilhoso, mas parece não fazer sentido neste mundo cheio de necessidades imediatas.
Subir na vida aos poucos, degrau por degrau, é o que sinto de mais concreto. Sei que dentro de vinte ou trinta anos posso estar onde quero, mas infelizmente não posso esperar. Me lembro de quando li sobre aquele descascador de alho que se tornou sócio da BDO. Uma bela história, muito romântica...que não me serve. Por que o caminho mais difícil tem de ser tão doloroso?
E se o dinheiro me afastasse ainda mais da felicidade? Bem que eu gostaria que amar fosse lucrativo.

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