terça-feira, 9 de abril de 2013

Dog days are over

A felicidade é realmente subjetiva...e eu poderia dizer que ela é só uma questão de opinião. Eu nunca soube se ela seria um estado permanente ou algo passageiro, por nunca ter tido nada permanente em minha vida, nem mesmo o "eu".

Entre tantos papéis e máscaras, a felicidade se confunde com o estado de alegria ou com um certo egoísmo de se enxergar apenas o que se quer ver. Mas sempre a associo à minha felicidade dos tempos de infância, quando de nada importava o que acontecia à minha volta ou se algum capricho meu era negado. Quando os momentos mais felizes se resumiam a me perder sozinha no mato ou ouvir música no quarto enquanto desenhava, brincava e escrevia sozinha, sem me importar com a situação do país, com a cor das paredes ou mesmo com o meu futuro.

Ela depende, não somente do que sabemos acerca da vida, mas de como a encaramos. Pra que direção olhamos, de um modo que não podemos controlar voluntariamente (ou talvez sim). Ora uma escolha, ora um destino. Uma má notícia pode mudar nosso dia, mas não nossa eternidade.

E como eu já dizia, não importa o que aconteça, o mundo nunca pára, e da mesma maneira, mesmo que nada mude ao meu redor, algo dentro de mim pode se transformar. A vida pode, às vezes, me dar óculos para que eu enxergue outras cores, ou me ensurdecer para os problemas e preocupações que inutilmente me afligiam. E é nesses momentos que eu digo que a chuva passou.

Seja porque a vida me levou algo que eu nunca tive ou alguma coisa que me importava ficou pra trás, já não importa. Retomo minha vida, mesmo um pouco atrasada, pra tentar vencer mais um dia, sem perder o azul do céu, as histórias alheias, as belezas e as estrelas. Rumo ao próximo nível, enxergar o que há do outro lado, mais uma vez.

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