quinta-feira, 21 de março de 2013

Amigos

Os últimos acontecimentos me fizeram refletir sobre o que seriam as amizades, se é que existem, de fato. Sempre disse que amigo de verdade não existe. Todo mundo vive em torno de interesses, sensações, momentos...e as pessoas são seres nos quais não se pode confiar. Eu dizia isso como uma forma de ser prudente e nunca esperar demais dos outros, mas sabia, que dentro de mim, os amigos existem, tal como o amor, incondicional e unilateral, sempre.

Não sei quantos amigos eu tenho, talvez eu tenha amigos que eu nem considere, ou que não tenha me dado conta...sei lá quantas amizades eu não correspondi, quantas vezes confundir sentimentos me fez quebrá-las!

Amizade não depende de contato físico, sorrisos, baladas e histórias pra contar. Sou amiga de poucos, independentemente de reciprocidade...eles sabem que podem contar comigo ainda que eu desapareça. Ainda que alguns problemas me tirem de órbita, ou que no meio de tantas coisas eu os esqueça.

Acabo de viver a triste experiência de confundir amizade com amor, e depois de tudo descobrir que não havia nenhum dos dois. E dessa forma descobri que as amizades existem, só que nem sempre são recíprocas...e que uma desilusão com um amigo, dói mais que perder um amor.

Nesse contexto, reconheci quantos amigos estou desperdiçando...quanta gente disposta a me dar um ombro, escutar minhas lamúrias e me oferecer prazeres, que eu nunca reconheci. Vou atrás das amizades que posso corresponder, e aquelas que não me corresponderem, continuarei de braços abertos, um ato de humildade que no momento é meu consolo.

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